Entrando na ilha de Fidel
Quando cheguei no Panamá encontrei Tiago que também ia fazer o taller de Construção Dramática na EICTV. Nos conheciamos só pela internet, mas graças ao orkut nos reconhecemos.
Estava com o sono muito atrasado e com uma leve ressaca da bebedera em Lima. Dormi de novo no trajeto Panamá - Havana.
Quando pousamos em terras cubanas, descemos do avião e fomos levados para um salão enorme onde, nos fundos, haviam várias portinhas e uma fila enorme para cada uma. Depois de muito tempo na fila cheguei até a tal da portinha onde tinha um homem devidamente fardado que me perguntou "Hablas espanol?" Sí, respondi. Me pediu visto e passaporte. Só para esclarecer, o visto para Cuba não passa de um papel que você pode comprar na companhia aérea quando for embarcar. Sem problemas. Basta apenas pagar uma quantia de US 25 e pronto! Já tem a devida permissão para entrar no país. Eu comprei o meu visto em Lima mesmo.
Depois de pedir meus documentos recebi uma enxurrada de perguntas: "Por que veio?" "Onde vai ficar?" "Quando vai embora?". Comecei a ficar um pouco nervosa com tantas perguntas até que ele me deixou passar por aquela portinha estranha. Como se fosse um portal para Cuba de verdade.
Eu e Tiago pegamos nossa bagagem e fomos trocar dinheiro. Que pena! Cada vez que ia subindo mais pela América meu dinheiro ia perdendo valor. Bons tempos que passei na Bolivia onde tudo era muito barato.
Em Cuba existem 2 moedas. Uma para os turistas, os chamados CUCs e outra para os cubanos, os pesos cubanos. 1 Euro = 1 CUC mais ou menos. Trocamos e fomos para a porta do aeroporto pegar um taxi para San Antonio de Los Banos, uma cidadezinha no destrito de Havana e local da escola.
Já esperávamos encontrar aqueles carros antigos, mas para nossa decepção nosso taxi era um Peugeot super moderno.
Chegamos na EICTV, um dos meus objetivos nos últimos 2 anos, enfim concretizado. A escola é rodeada de plantações e algumas vacas magras. Naquele domingo, não tinha ninguem, todos tinham ido para Havana e o onibus (em Cuba eles chamam de guagua) voltava só as 10 da noite.
Nos instalamos em nossos apartamentos que eu adorei. Uma graça, com uma tv bem antiga e duas cadeiras de balanço voltadas para uma grande janela de frente para um coqueiro.
Minhas companheiras de quarto não tinham chegado. Para mim, a escola estava com uma atmosfera melancolica naquele domingo. Jantei aquela comida que pensei que fosse bem pior pelos comentarios. Até que não era tão ruim.
Tomei um banho e fui domir. No meio da noite fui acordada por Rosa, uma espanhola que ia dividir o quarto comigo. Comprimentei-a e voltei a domir. No dia seguinte minhas aulas começariam as 9 da manha.

Os apartamentos dos talleristas naquele domingo vazio.

Miraflores. Pra chegar na praia tem que descer, descer e descer....
Centro de Lima
Homenagem aos apaixonados




E aqui esta a barriga da espécie mais perigosa para os animais habitantes de Paracas
Praia vermelha.
E no fim do passeio fomos para uma praia. Infelizmente estava sem biquini, mas molhei meu pé no Pacifico. Também fiz algumas amiguinhas.


Um dos poucos momentos que consegui ficar de pé. Depois resolvi descer sentada na prancha, mais fácil. 




















Os passageiros vao em um barquinho e o onibus vai numa balsa. 





